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Tetris: expectativa que não se encaixa à história do game

Tetris chegou ao catálogo da Apple no final do último mês com grande expectativa, mas enredo mal construído não empolga o público.

Tetris
Crédito: Divulgação

Quem nunca experimentou a sensação de jogar aquele tradicional game de montar peças, febre nos anos 1980 e 1990, e que até hoje figura como um clássico?

Famoso aqui no Brasil pelos minigames trazidos da China, Tetris é uma verdadeira obra-prima do universo dos jogos.

Transformar algo do gosto popular em produção cinematográfica não é tarefa das mais fáceis.

Há dois caminhos: sucesso estrondoso ou fracasso total e parece que a Apple foi mais uma sucumbir à maldição das adaptações.

Em um primeiro momento, Tetris traz uma história que, se fosse bem adaptada, poderia receber ótimas avaliações da crítica.

Na trama, um programador se torna vendedor de videogame e se envolve na magia de um jogo intitulado Tetris.

Encantado com o jogo, ele viaja até a União Soviética atrás de seu criador.

Engenheiro da computação e responsável pela construção de Tetris, Alexey Pajitnov (Nikita Efremov), se mostra empolgado com a ideia de Rodgers sobre negociar os direitos e transformar o game em uma produção de sucesso.

Contudo, ele trabalha para uma empresa estatal do governo soviético. O negócio com viés capitalista obviamente não é bem recebido, principalmente por envolver figuras políticas de renome do país.

Em paralelo, ele ainda precisa se defender da ganância corporativa e da KGB, o serviço secreto soviético.

Poderia ser melhor

A magia do encaixe perfeito entre as pecinhas que caem no jogo não ocorre no enredo do filme.

Os personagens se mostram de forma seca, sem aprofundamento mais intenso, exceto pela atuação do o protagonista Taron Egerton, estrelado por Henk Rodgers.

O longa apresenta a narrativa de disputa por patentes e direitos legais em uma proposta próxima ao que foi visto em A Rede Social.

O longa conta a história do Facebook pela ótica de Mark Zuckenberg, ou até mesmo em uma produção de espionagem.

Disputa pela nostalgia dos anos 1980

Nesse cenário de grandes expectativas, Tetris ainda esbarra no fato de chegar às telas no mesmo período que AIR, título também ambientado nos anos 1980.

O longa, que conta com Ben Affleck atuando e dirigindo, narra a história do acordo entre a Nike e o astro do basquete Michael Jordan.

O acordo para a produção de um tênis especial para o jogador revolucionou o marketing esportivo mundial e representou uma nova era no segmento.

O título ainda está em cartaz e brevemente deve chegar em alguma plataforma de streaming, após a passagem pelas telonas.

Ambos os longas apresentam narrativas originais em comum e desfechos conhecidos.

Contudo, AIR soube ir muito melhor na adaptação, graças às atuações sólidas de Ben Affleck e Matt Damon, seu amigo de longa data.

Sobre Tetris

Além de Taron Egerton e Nikita Efremov, que vivenciam Rodgers e Alexey, respectivamente, Tetris, o filme, conta com Sofia Lebedeva, Olef Stefan, Rick Yune, Toby Jomes.

Com direção de Jon S. Baird e roteiro de Noah Pink, o longa chega às telas pelo streaming da AppleTV.

Assista ao trailer de Tetris

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