É importante destacar que os contratos firmados entre players e suas equipes não são abertos ao público. Ou seja, os valores mencionados abaixo correspondem apenas ás estimativas do portal especializado nos esportes eletrônicos, eSports Earnings.
Você verá neste artigo:
• Quanto ganha um pro-player?
• Os fatores que compõem o salário de um pro-player
• Quais são as outras carreiras da indústria
• Como entrar nos eSports
Primeiramente, vamos dar uma olhada em algumas estatísticas relacionadas aos salários pro-gamer.
Quanto ganha um pro-player?
Segundo o último relatório do eSports Earnings:
• O melhor jogador de 2017, Kuro Takhasomi, de Dota 2, ganhou $2,4 milhões de dólares em premiação
• Atualmente o maior salário do eSports é US$ 3,6 milhões de dólares – ganho por Kuro Takhasomi, player de Dota 2.
• Os maiores ganhos por país chegam a US$ 72 milhões de dólares – feitos por 2.783 jogadores na China.
• Os maiores ganhos por faixa etária são US$31 milhões de dólares – feitos por 1,372 jogadores de 22 anos.
• Em 2015 o jogador de Dota 2 Sumail Hassan se tornou o atleta com menos de 18 anos mais bem pago dos eSports: US$ 2,7 milhões de dólares.
• Lee ‘Faker’ Sang Hyeok é o atleta de League of Legends que ganha o maior salário da atualidade, tendo um rendimento de US$ 897,818.98.
• O jogo que mais paga para os seus atletas é Dota 2.
Estatísticas impressionantes, não?
No entanto, esteja ciente de que esses números são os números recordes e não estão relacionados aos salários médios – esse é o dinheiro que eles recebem dos torneios como prêmios. Em seguida, analisaremos mais detalhadamente os salários dos jogadores profissionais e veremos o que eles realmente incluem.
Os fatores que compõem o salário do pro-gamer
• Premiação – A premiação dos principais torneios do mundo pode variar entre US$ 100,000 até US$ 200,000. Alguns torneios oferecem prêmios que podem chegar a milhões de dólares, mas esse valor é dividido entre os 5 ou 6 membros de uma equipe vencedora. Para exemplificar, em 2017 o “Dota 2 International” distribuiu alarmantes US$ 24,7 milhões em premiação, com US$10,8 milhões para a Team Liquid, vencedora do torneio.
No CS:GO o torneio com maior premiação até hoje foi a WESG 2017 (World Electronic Sports Games 2017), que acontece na China, distribuindo US$1,5 milhões de dólares, sendo 800 mil para o campeão, fnatic.
• Patrocínios – Uma boa fatia da renda de um gamer vem dos patrocínios. Os principais investidores dos grandes torneios profissionais são os desenvolvedores de periféricos como mouse e headphone (Intel, BenQ, Razer) assim como de energéticos (Red Bull, Monster Energy). Contudo, marcas não associadas ao eSports podem patrocinar organizações e seus atletas.
Um exemplo: em 2017 a Audi se tornou uma das patrocinadoras da Astralis, melhor equipe de Counter Strike: Global Offensive, fechando um contrato no valor de U$$ 750,000 (R$ 3 milhões).
• Streaming – Muitos profissionais de eSports tem como fonte alternativa de renda as suas streamings/transmissões. Um streamer da plataforma Twitch com 2000 inscritos pode ganhar até $5,000 por mês (20 mil reais). Cada se inscrever em um canal na Twitch você terá que pagar U$$4.99 por mês, e o streamer recebe metade deste dinheiro.
Estes também podem receber um “cascalho extra” através de propagandas e doações provindas dos espectadores; ainda tem aqueles que apostam em produtos atrelados a sua imagem – como em aplicativos, periféricos etc.
Outras carreiras nos eSports e seu salário (Estados Unidos)
A referência salarial desta parte está no mercado norte-americano, muito maior do que o brasileiro; no entanto, as profissões são as mesmas.
• Apresentador/Narrador, com um salário médio de US$ 700 – $1,000 por transmissão (R$ 2,700 – 3,900 reais)
• Treinador, com um salário médio de US$ 69,000 – 83,750 por ano (R$ 269 á 326 mil reais)
• Jornalista, com um salário médio de US$ 32,000 por ano (R$ 124 mil reais)
• Especialista de Marketing e Vendas, com um salário médio de of US$ 90,000 por ano (R$ 351 mil reais)
• Coordenador de Controladoria, com uma média de US$21 por hora (R$ 81 reais).
• Social media/Gerente de Comunidades, com um salário médio de US$25,000 por ano (R$ 97 mil reais)
• Organizador de Eventos, com um salário médio variando entre US$20,000 e $40,000 por ano (R$ 77 á 155 mil reais)
• Psicólogo (a), com salário médio beirando os US$ 98,000 (R$ 3000 reais no Brasil)
Como entrar para os esportes eletrônicos ?
Muitos devem estar pensando como se tornar um jogador de eSports. Certamente, diversos jovens sonham em entrar nesse mercado, mas não imaginam como. Durante a Campus Party 8 (2015) Renan Philip, na época General Manager da Keyd Stars (hoje CEO da paiN Gaming) respondeu a estas questões.
Ele começou em 2012 como voluntário, passou a ser treinador do time e, nesse meio tempo, começou a estudar sobre marketing digital para poder gerenciar não só os jogadores.
“Hoje tem muita gente que quer trabalhar com esporte eletrônico, quando abrimos vagas muita gente se candidata”, revela. “Mas o ideal é começar como voluntário”, explicou na época.
Caso você queira jogar profissionalmente:
Se você desejar atuar como pro-player nos esportes eletrônicos, dê uma olhada nas dicas abaixo:

O jogador brasileiro de CS:GO, coldzera, considerado o melhor do mundo em 2016 e 2017. | Reprodução: Twitter/Team Razer
• Treine e observe os melhores: Independente da profissão, uma das principais características de pessoas bem sucedidas é a observação. Antes do treino, assista a vídeos tutoriais, procure dicas e registros dos profissionais que são referência na área e perceba a sua rotina, anote o que você considera importante.
• Defina uma meta e tenha foco: Para seguir o caminho do crescimento é realmente preciso ter um mapa que sirva de guia nesta direção. Portanto, se você busca ousar ir além, defina quais são as suas metas de curto, médio e longo prazo e trabalhe em cima destes objetivos. Por fim, tenha foco e o sucesso aparecerá.
• Seja humilde e atencioso: Ninguém atinge o topo sozinho. Vários pro-players cresceram a partir da ajuda de companheiros de equipe e amigos, sem contar os familiares. Portanto, seja humilde e sempre ajude quem precisa.
• Tenha um plano B e não largue a sua vida: Um dos perigos da entrada nos esportes eletrônicos está no foco apenas no game. Não se esqueça de ter sempre um plano B. Nunca largue os estudos e tente conciliar a sua vida profissional com os games.
A indústria dos esportes eletrônicos está em constante evolução. No Brasil já se discute a sua regulamentação e, segundo levantamento da Newzoo, em 2018 o mercado mundial deve lucrar cerca de US$1 bilhão (4 bi de reais).
Marcelo Faviere é um entusiasta de games, esportes e obcecado por história da espionagem. Você pode segui-lo em @favieremark!
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