Home Disney anuncia mudanças de estratégia na produção de conteúdo

Disney anuncia mudanças de estratégia na produção de conteúdo

Com Bob Iger de volta ao comando da empresa a estratégia de conteúdo pode chatear fãs da Marvel, confira tudo que sabemos

disney-anuncia-mudancas-de-estrategia-na-producao-de-conteudo
Crédito: (Divulgação/Disney)

A The Walt Disney Company foi criada em 1923 pelos irmãos Walt Disney e Roy Oliver Disney. A empresa logo se tornou líder no mercado de animações, aumentou sua participação na indústria e virou a gigante do entretenimento que conhecemos.

O personagem mais famoso da empresa é o Mickey Mouse, que estreou em 18 novembro de 1928 no filme Steamboat Willie, primeira animação com áudio da Disney, o que logo se tornou um marco do cinema para a época.

Como as animações fizeram um grande sucesso, a Disney expandiu seus negócios para parques temáticos, teatro, música, rádio e até mídia online. Hoje, ela opera grandes redes televisivas pagas e adquiriu os direitos de empresas famosas como Lucasfilm, Marvel Entertainment, Pixar e ABC.

━ Leia também
IMDB cria lista com novidades no Disney+ em dezembro; confira

Nos últimos anos, houve um aumento considerável na produção de filmes e programas de televisão. Graças às plataformas de streaming, o público hoje tem mais opções na hora de escolher o que assistir. A chegada das vacinas permitiu aos estúdios retomarem atividades após o bloqueio do covid-19, o que aumentou a produção de conteúdo original.

A chegada de Bob Iger

Aproveitando a onda do streaming, a Disney logo se tornou líder no setor, graças à sua gigantesca biblioteca de propriedade intelectual. Coordenada pelo CEO Bob Iger e pelo chefe de estratégia Kevin Mayer, ela facilmente adquiriu os estúdios Pixar, Star Wars e Marvel.

Em 2020, Iger deixou a Disney nas mãos de Bob Chapek, que tinha 26 anos de experiência na empresa. Chapek trabalhou primeiro no departamento de Home Entertainment e depois foi promovido como presidente de Parks & Resorts.

Graças a contatos políticos com o governador da Flórida, Ron DeSantis, e uma batalha judicial com a atriz Scarlett Johansson, os últimos anos da liderança de Chapek deixaram os membros do conselho insatisfeitos com os resultados.

Durante o feriado de Ação de Graças nos EUA, Iger foi reintegrado como CEO por um período de dois anos. Isso com certeza trará à algumas mudanças em sua administração.

Disney divulga que haverá redução no número de conteúdo de 2023

Como consequência à saída de Chapek e o retorno de Iger, a Disney divulgou seu relatório anual afirmando que reduzirá os programas de televisão e na programação de filmes em 2023. Em nota publicada nos canais oficiais, a Disney afirmou:

━ No ano fiscal de 2023, os estúdios planejam produzir aproximadamente 40 títulos, que incluem filmes e programas de televisão episódicos, para distribuição nos cinemas e/ou em nossas plataformas DTC ━.

Para colocar isso em perspectiva, o relatório anual de 2022 colocou uma meta de 50 títulos. Nos últimos dois anos, tanto a Marvel quanto a Star Wars lançaram importantes filmes e séries, cada um custando milhões de dólares para produzir e comercializar. 

A adição de novas marcas ao catálogo de filmes e séries atraiu muitos elogios. Para continuar líder em um mercado cada vez mais competitivo, a Disney está preocupada mais com qualidade do que com quantidade.

É o famoso menos é mais, que beneficiará a qualidade das obras ao invés da quantidade

Reduzir a produção em dez projetos no ano que vem é uma estratégia que pode trazer muitos benefícios para a empresa. Não existe produção barata da Disney, e priorizar projetos com maior probabilidade de sucesso de bilheteria pode ser um melhor uso dos recursos da empresa.

No início deste ano, a Marvel Studios especificamente foi atormentada por relatórios de designers gráficos sobrecarregados e mal pagos, outro assunto que saiu na imprensa e refletiu mal a liderança de Chapek. 

Com menos pressão para conclusão e um orçamento maior por projeto, Disney e Marvel poderiam trabalhar melhor para reparar suas reputações manchadas entre os criativos.

Independentemente de como o orçamento excedente é usado, a Disney não é o único serviço de streaming caminhando  para um 2023 fiscalmente menor em relação ao ano anterior.

Na gigante de tecnologia Amazon, há programadas reduções do orçamento, cortes de programação e até compras de conteúdo animado.

Na gigante de tecnologia Amazon, há programadas reduções do orçamento, cortes de programação e até compras de conteúdo animado.

Enquanto isso, a Netflix avança a toda velocidade em projetos para o próximo ano, para diminuir as dúvidas que rondavam e empresa sobre qualidade de conteúdo e saúde financeira.

O que você da redução de conteúdo da Disney para o ano de 2023?

Conta pra gente lá no nosso Instagram!